Título: IBGE: produção industrial recuou no Rio em março
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Fonte: O Globo, 09/05/2008, Economia, p. 34
Indicador registrou alta em oito das 14 áreas pesquisadas
A produção industrial avançou, de fevereiro para março, em oito das 14 regiões pesquisadas pelo IBGE - mas recuou 1% no Estado do Rio. Os maiores destaques foram Ceará (7,5%), Espírito Santo (3,3%) e Pernambuco (2,9%). São Paulo (1,9%), Paraná (1,1%), Minas Gerais (0,8%) e Santa Catarina (0,6%) também registraram taxas acima da média nacional no mês, de 0,4%.
No entanto, no primeiro trimestre em relação ao mesmo período de 2007, houve expansão em todas as regiões. No país, o índice foi de 6,3%. Superaram esse percentual Espírito Santo (14,4%), Pernambuco (13,7%), Amazonas (11,7%), Paraná (10,2%), Goiás (9,3%), São Paulo (9,0%), Pará (7,8%) e Minas Gerais (7,3%).
O Estado do Rio apresentou crescimento trimestral de 4,2%, praticamente idêntico ao resultado do último trimestre de 2007 (4,1%). Isso é decorrente de uma desaceleração na indústria de transformação (de 6,9% no último trimestre de 2007 para 5,2% no primeiro deste ano) e de uma reação na indústria extrativa, que ficou estável no primeiro trimestre depois de registrar queda de 6,8%. No acumulado em 12 meses, a indústria fluminense registrou 2,8%, abaixo do resultado de fevereiro, de 3,1%, e da média nacional, de 6,6%.
Greve de auditores afetou desempenho mensal
Na comparação entre março 2008 e de 2007, apenas quatro locais tiveram recuo na produção industrial - entre os quais o Estado do Rio, com -0,1%, percentual idêntico ao da Bahia. No Rio, as principais contribuições negativas ficam com os setores de bebidas (-16,9%), metalurgia básica (-7,3%) e refino de petróleo e produção de álcool (-4,4%).
No país, o indicador ficou em 1,3%. A expansão foi menor devido, principalmente, à diferença de dias úteis (20 dias este ano e 22 em 2007) e à greve dos auditores da Receita Federal. A maior queda foi em Santa Catarina: 2,3%.
Em São Paulo, a expansão de 1,9% em março se seguiu a uma queda de 1,2% em fevereiro. Frente ao mesmo mês de 2007, a alta foi de 4,6%, contra 10,3% de fevereiro. O resultado foi puxado por veículos automotores (9,9%), máquinas e equipamentos (9,0%), outros produtos químicos (12,4%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (23,2%).