Título: Colômbia poderá pedir cópias e apresentá-las a uma Corte'
Autor:
Fonte: O Globo, 16/05/2008, O Mundo, p. 33

Segundo o secretário-geral da Interpol, Ronald Noble, as análises dos computadores de Raúl Reyes não deixam dúvidas de que o governo colombiano não manipulou suas informações. Para ele, Bogotá poderá, se quiser, apresentar o material fornecido pela polícia a uma Corte internacional.

Do El Tiempo

Qual é a conclusão da Interpol após o estudo dos computadores de Raúl Reyes?

RONALD NOBLE: Que ninguém nunca poderá considerar que a Colômbia manipulou as informações encontradas. Há um relatório classificado (sobre os computadores) que foi feito por especialistas. Cada um deles tem todos os arquivos individualmente relacionados com o que se chama de valor numérico. No futuro, a Colômbia poderá pedir cópias lacradas pela Interpol e apresentá-las a uma Corte.

Muito antes de divulgar o relatório, a Interpol começou a receber críticas de Venezuela e Equador. Como o senhor recebeu esses questionamentos?

NOBLE: Tanto Venezuela quanto Equador são membros da Interpol. Eles utilizam nossos serviços diariamente. Nunca me fizeram uma pergunta direta sobre o tema (o conteúdo dos computadores). Antes de julgar a Interpol, que nos façam o favor de ler os relatórios. Estou disposto a ir aos dois países explicar o que dissemos e porque dissemos. Mas ainda não me convidaram.

O que a Interpol vai fazer com essas informações?

NOBLE: Estamos repassando todas as informações encontradas para o governo colombiano. A decisão agora é da Colômbia, inclusive se prefere que deixemos algumas dessas informações sob custódia da Interpol, para evitar que no futuro façam alguma acusação de manipulação dos dados.