Título: Trinta e três deputados indiciados na Justiça
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Fonte: O Globo, 30/05/2008, O Globo, p. 17

Quase metade dos parlamentares da Alerj têm processo no TSE, no TCU ou no TJ

Quase metade dos legisladores que iniciaram o ano na Alerj estão denunciados por alguma irregularidade. Pelo menos dez deputados estaduais estão respondendo a processos criminais. Do total de 70 deputados, segundo levantamento da ONG Transparência Brasil, outros 23 respondem a processos, seja no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Tribunal de Contas da União (TCU) ou na segunda instância do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), somando 34 parlamentares com problemas com a Justiça.

A posse de Álvaro Lins foi envolta de polêmica. No dia em que foi diplomado em 2006, foi iniciada a Operação Gladiador, em que foram presos a maior parte dos assessores do ex-chefe de Polícia. Ele não chegou a ser denunciado, mas as investigações prosseguiram e resultaram na operação de ontem.

Além de Álvaro, respondem a processo criminal os deputados Geraldo Moreira (PSC), acusado de homicídio, Natalino (DEM), acusado de formação de quadrilha por supostamente ser integrante de uma milícia, José Nader (PTB), acusado de porte ilegal de armas, e Jorge Babu (PT), acusado de crime ambiental.

Outro três deputados, João Peixoto (PSDC), Édino Fonseca (PR) e Tucalo (PSC), foram acusados pelo Ministério Público estadual de participarem de um esquema de fraude na nomeação de assessores na Alerj, conhecido como Bolsa Fraude. Nele, pessoas com muitos filhos eram nomeadas nos gabinetes. Depois, elas solicitavam bolsas para os filhos, mas não recebiam o auxílio, que ficava com os integrantes do esquema. Duas deputadas cassadas este ano, Jane Cozzolino e Renata do Posto, também foram indiciadas no mesmo crime. Álvaro Lins também nomeou "fantasmas", mas foi inocentado pelo Conselho de Ética da Alerj.