Título: Não é uma crise para ficar chorando, afirma Lula
Autor: Flores, Mariana
Fonte: Correio Braziliense, 13/05/2009, Economia, p. 12

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, disse ontem, na inauguração da unidade de propeno da Refinaria do Planalto Paulista (Replan) em Paulínia (SP) que, apesar dos reflexos da crise econômica mundial, ele mantém-se tão otimista quanto estava em julho. ¿Essa crise é uma crise em que nós temos de provar quem é ousado, quem tem coragem e quem vai fazer as coisas na hora certa. Não é uma crise para ficar chorando ou lamentando. Em qualquer atividade econômica, tem momento de pico para cima e momento de pico para baixo. O que precisa é que a gente tenha um ponto de equilíbrio e que possa garantir que, durante o ano inteiro, a economia tenha crescido um número satisfatório. E aí, nós, investindo corretamente, estaremos preparados para que, quando acabar a crise, a gente não comece do zero a fazer as coisas¿, disse. Por causa de uma visita de Lula, uma manifestação marcada para ontem de manhã em frente à refinaria Presidente Bernardes (RBPC), em Cubatão, foi suspensa. De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil, Montagem e Manutenção Industrial de Santos, Cubatão e Região (Sintracomos), Geraldino Cruz Nascimento, as empreiteiras dispensaram os 6 mil funcionários que trabalham nas obras de ampliação da refinaria e na construção da termelétrica Euzébio Rocha.

A ver ônibus De acordo com Nascimento, a dispensa dos funcionários foi um pedido feito pela segurança da Presidência da República à diretoria da Petrobras e à diretoria das empreiteiras. ¿Eles suspenderam os 400 ônibus que passam recolhendo os funcionários em toda a Baixada, daí os trabalhadores ficaram nos pontos sem saber o que estava acontecendo¿, disse Nascimento, prometendo que amanhã (hoje) ¿o couro vai comer¿. O sindicalista explica que os trabalhadores iniciaram o movimento ontem, reivindicando 12% de aumento salarial, R$ 2.500 de participação nos resultados e equiparação salarial por função. ¿Mas as empresas só ofereceram 5,92% de aumento e nós recusamos na assembleia realizada ontem à noite.¿