Título: Brasil sedia encontro para avaliar políticas de combate ao racismo
Autor: Barbosa, Adauri Antunes
Fonte: O Globo, 17/06/2008, O País, p. 9
Ações afirmativas implantadas no país são consideradas bem-sucedidas
Evandro Éboli
BRASÍLIA. O ministro da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Edson Santos, disse ontem que, por ser um dos países mais avançados na adoção de políticas de combate ao racismo, o Brasil foi escolhido para sediar a Conferência da América Latina e do Caribe Preparatória à Conferência de Revisão de Durban. O encontro começa hoje, em Brasília.
O chefe da Missão da ONU para a conferência, Ngonlardje Mbaidjol, que está no Brasil, confirmou que o país foi escolhido por sua liderança na adoção de políticas anti-racistas.
Edson Santos afirmou que o governo brasileiro adotou inúmeras ações previstas no documento da Conferência da ONU contra o Racismo, ocorrida em Durban, na África, em 2001.
- O Brasil é referência na implementação das deliberações de Durban. É um dos mais, senão o mais, avançado em medidas de combate ao racismo.
Apoio a quilombolas e trabalhadores domésticos
Santos citou três programas do governo afinados com o Conferência de Durban: Brasil Quilombola, a política de cotas para negros em diversos espaços da sociedade e o Trabalho Doméstico Cidadão. Em relação aos quilombos, o governo anunciou recentemente verba R$2 bilhões para titulação esses territórios, com implantação de serviços de saneamento nas áreas. As ações devem ser executadas entre 2008 e 2011, atingindo duas mil comunidades quilombolas em 330 municípios.
O incipiente programa Doméstico Cidadão promete elevar a escolaridade e a qualificação profissional de oito milhões de pessoas que trabalham como empregados e empregadas domésticas. Santos acrescentou o reconhecimento dos povos indígenas como uma política do governo brasileiro afinada em o documento de Durban.