Título: Haddad responsabiliza prefeituras por falhas
Autor: Moreira, João Carlos
Fonte: O Globo, 21/06/2008, O País, p. 15

RETRATOS DA EDUCAÇÃO PÚBLICA: Dados contestados por municípios podem ser corrigidos em 30 dias pelo Inep

Ministro diz que país está no caminho correto, mas longe do "sonho de pertencer ao grupo de nações desenvolvidas"

SÃO PAULO. O ministro da Educação, Fernando Haddad, responsabilizou ontem, em São Paulo, prefeituras e escolas por eventuais erros no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Ele afirmou desconhecer possíveis falhas que possam ter sido cometidas pelo ministério. A prefeitura de São Paulo contestou os índices.

- Não tenho nenhuma informação, sobre os dados divulgados, de qualquer incorreção por parte do instituto - disse, sobre o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), subordinado ao MEC.

Haddad, que foi a São Paulo participar da campanha da pré-candidata a prefeita da cidade, Marta Suplicy, disse que as falhas se devem a informações erradas passadas por escolas e municípios ao MEC, mas garantiu que os dados divulgados podem ser corrigidos:

- Quando o censo escolar é preenchido corretamente, não há nenhuma dificuldade. Os dados trabalhados pelo Inep são transmitidos pelos gestores locais. Eles (gestores) podem cometer equívoco? É evidente que sim. Cometeram no passado, podem cometer e cometerão no futuro. O papel do Inep é divulgar os dados como foram transmitidos e, em caso de dúvida, o município pode retransmitir o dado correto. O papel do Inep, neste caso específico, se detectado o erro da primeira transmissão, é divulgar o novo dado.

Segundo ele, a correção pode ser feita antes mesmo do uso eleitoral dos dados:

- Podemos corrigir num prazo de 30 dias. Depende da agilidade do gestor local.

Ele comentou o resultado:

- O MEC conseguiu cumprir as metas de 2009. Isso anima o sistema educacional brasileiro, embora tenhamos que reconhecer que estamos distantes do sonho de pertencer ao grupo de nações desenvolvidas educacionalmente. Mas agora, finalmente, estamos no caminho correto.

* Do Diário de S.Paulo