Título: Escândalos na biografia do 'afilhado' de Maluf
Autor:
Fonte: O Globo, 09/07/2008, Economia, p. 22

Prefeito de São Paulo entre 1997 e 2000, Celso Roberto Pitta teve seu nome envolvido em uma série de denúncias de corrupção. Antes mesmo de chegar à prefeitura, quando exerceu o cargo de secretário municipal de Finanças na gestão de seu padrinho político Paulo Maluf (1992-1996), Pitta foi acusado de participação no esquema de pagamentos de precatórios que provocou um rombo de R$11 milhões. Hoje, o ex-prefeito responde a 13 processos referentes ao período em que ocupou a prefeitura de São Paulo.

Ex-mulher acusou Pitta de pagar mesada a vereadores

Em 2000, Nicéia Camargo, ex-mulher de Pitta, denunciou esquema no qual o então prefeito pagava mesada a vereadores para ter projetos aprovados. Ela também disse que Pitta tomou um empréstimo junto ao empresário Miguel Yunes no valor de R$800 mil. Em troca, Yunes seria beneficiado por decisões da prefeitura. Pitta chegou a ser afastado do cargo pela Justiça.

Em sua gestão, o Ministério Público denunciou o pagamento de propina por camelôs a fiscais das administrações regionais (hoje subprefeituras). O escândalo acabou com a decretação da prisão dos vereadores Hanna Garib e Vicente Viscome.

Em fevereiro de 2008, Celso Pitta e o ex-coordenador municipal da dívida pública Wagner Baptista Ramos foram condenados a quatro anos e quatro meses de detenção em regime semi-aberto pelos crimes de desvio de verba pública e endividamento do município durante a gestão Maluf. Os réus teriam inserido declarações falsas em documentos públicos, com a finalidade de justificar a autorização, pelo Senado Federal, da emissão de títulos públicos no valor de U$600 milhões. O esquema contou com a anuência de Paulo Maluf.