Título: OCDE defende etanol do Brasil e critica UE e EUA
Autor: Berlinck, Deborah
Fonte: O Globo, 17/07/2008, Economia, p. 29

Preços de trigo, arroz, e óleos vegetais subirão até 13%.

PARIS. O primeiro estudo sobre biocombustíveis da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) isenta o etanol brasileiro dos principais ataques e condena os biocombustíveis americano, europeu e canadense. Para a organização, EUA, União Européia (UE) e Canadá estão subsidiando a produção e o uso de um tipo de etanol e de biodiesel - de beterraba, trigo e óleos vegetais - que reduz de 30% a 60% as emissões de gases poluentes. Já o etanol, de cana-de-açúcar, como o do Brasil, reduz as emissões em 80%. Diante disso, os preços de trigo, arroz, e óleos vegetais aumentarão até 13% de 2013 a 2017. Já o do açúcar será pouco afetado a médio prazo.

A OCDE defende "moratória" sobre biocombustíveis e revisão das políticas atuais, alegando que têm benefício ambiental duvidoso.

- Os programas atuais devem ser reconsiderados - disse Stefan Tangermann, da OCDE.

EUA, União Européia e Canadá gastaram US$11 bilhões em 2006 com subsídios, que deverão atingir US$25 bilhões de 2013 a 2017. O Brasil, segundo o estudo, reduziu seus incentivos fiscais ao etanol.