Título: Cesar admite crise, mas culpa Conde
Autor: Duarte, Alessandra ; Borges, Waleska
Fonte: O Globo, 15/08/2008, O País, p. 8
Prefeito alega falta de hospital na Baixada, o que sobrecarrega Rio
O prefeito Cesar Maia (DEM) admitiu que a crise na saúde existe e que deveria tê-la identificado já na campanha de 2000. O problema, segundo ele, só se tornaria claro em 2003. Por e-mail, disse, porém, que a crise não está restrita ao município do Rio. Lembrou que em 2001 demitiu seu secretário de Saúde, Sérgio Arouca (já falecido), e o subsecretário, o hoje ministro José Gomes Temporão:
- Levamos dois anos para normalizar os serviços. Novas iniciativas administrativas e operacionais foram adotadas, inclusive com dois equipamentos de nível internacional, que são a Maternidade Leila Diniz e o Hospital de Acari.
Ele culpou seu antecessor Luiz Paulo Conde, pelo que diz ser o principal erro que levou à crise:
- O principal (problema) foi o erro na decisão de macromunicipalização que o Conde teve em 2000. Corrigi em boa parte com a devolução de quatro grandes hospitais à rede federal e com o recebimento das dívidas federais.
Para Cesar, a grande carência no setor de saúde é a "sua quase inexistência na Baixada Fluminense", que aumenta a demanda nos hospitais do Rio. Ele criticou a intervenção federal na saúde do Rio, em 2005:
- A intervenção foi circense, de teor político, e atropelada pelo STF.
Sobre a dengue, disse que a questão é nacional, pois "entraram os vírus tipo 2 e 3 no país por Maranhão e Piauí. O Ministério da Saúde não alertou os estados e municípios por omissão ou desconhecimento".