Título: Em Curitiba, Dilma tenta tirar petista da lanterna
Autor: Aggege, Soraya
Fonte: O Globo, 16/08/2008, O País, p. 10

Mulher de Paulo Bernardo tem 13%, contra 72% do atual prefeito tucano, segundo Ibope

CURITIBA. A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, reforçou ontem a campanha da candidata petista à prefeitura da capital paranaense, Gleisi Hoffmann - que está em segundo lugar nas pesquisas, bem distante do candidato à reeleição, o prefeito Beto Richa (PSDB). Enquanto Gleisi soma 13% das intenções de voto, o tucano ostenta uma margem tranqüila de 72%, segundo pesquisa Ibope divulgada na última segunda-feira.

Na tentativa de mudar o cenário desfavorável para o PT em Curitiba, Dilma está cumprindo intensa programação, que começou ontem com um jantar de adesão, a R$1 mil por pessoa. Hoje, além de caminhar pela ruas das Flores e pela Boca Maldita, no Centro da capital, Dilma vai participar da gravação do programa de campanha da candidata, que é mulher do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo.

- Já cumpri agenda em Porto Alegre, em São Paulo, e agora estou aqui em Curitiba. A orientação do governo é levar em conta que sou ministra do governo Lula e, portanto, a gente sempre procura estar mais próxima do conjunto dos partidos que sustentam a base do governo - disse Dilma ontem, ao chegar a Curitiba.

A ministra voltou a defender o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e disse que o repasse de recursos do projeto é feito sem distinção de partido político.

- O PAC não é eleitoreiro de nascença. Não olhamos a filiação do governo ou do prefeito. Escolhemos as obras que beneficiam não o prefeito ou o governador, mas a população - afirmou.

Dilma disse que o projeto do governo Lula é diferente, justificando sua presença nas campanhas petistas.

- Temos um projeto de política diferente. Isso nos distingue. O "É dando que se recebe" não é a concepção para distribuição de renda para os municípios. Vemos como parceiros, e não como clientes, a quem se atribui uma situação de subserviência.