Título: Justiça concede liberdade condicional à sequestradora do menino Pedrinho
Autor:
Fonte: O Globo, 19/08/2008, O País, p. 10

Vilma já cumpriu um terço da pena de 15 anos a que foi condenada

GOIÂNIA. Vilma Martins Costa, a mulher condenada em 2003 a 15 anos e 9 meses de prisão pelos seqüestros de Pedro Rosalino Braule Pinto, o Pedrinho, e de Aparecida Fernanda Ribeiro da Silva, conquistou ontem o direito de cumprir o restante da pena em liberdade condicional. A ex-empresária, que seqüestrou as duas crianças em maternidades de Brasília e Goiânia, cumpriu um terço da pena.

A liberdade condicional foi concedida pelo juiz Éder Jorge, da 4ª Vara Criminal de Goiânia, e a decisão foi comunicada oficialmente a Vilma em audiência à tarde, no Fórum de Goiânia, onde também tomou conhecimento das normas que terá de seguir durante a condicional.

Vilma já cumpria a sentença em regime aberto, desde junho deste ano. Para gozar do benefício, ela teve de cumprir algumas regras, como a de pernoitar na Casa do Albergado.

Agora, com a liberdade condicional, entre outras obrigações, Vilma vai ter que se apresentar ao juiz da vara de execuções penais a cada dois meses, não se ausentar de Goiânia sem autorização prévia da Justiça e não consumir bebida alcoólica em público. Também deve se recolher à residência todos os dias às 21h.

Em 1979, Vilma Martins seqüestrou Aparecida, em Goiânia. Em 1986, roubou Pedrinho no Hospital Santa Lúcia, em Brasília. As crianças foram seqüestradas quando eram bebês, e o crime só foi descoberto em 2002, quando Pedrinho já tinha 16 anos. Vilma compareceu ao Fórum na cadeira de rodas que passou a usar na prisão. Ela chegou a comparecer a audiências carregada por agentes penitenciários.