Título: Debate da política pedagógica
Autor: Vasconcellos, Fábio
Fonte: O Globo, 24/08/2008, O País, p. 8

CHICO ALENCAR (PSOL): Assegurar aos 745 mil alunos educação cidadã de qualidade é prioridade que fecundará as demais políticas públicas. Vamos cumprir a Constituição e aplicar, no mínimo, 25% das receitas de impostos e transferências na área. Nossas 1.061 escolas serão chamadas a elaborar, com a comunidade, seu projeto político-pedagógico, eliminando a aprovação automática e renovando, democraticamente, critérios de ensino, avaliação e gestão, inclusive com a eleição direta para as direções. Com metas anuais, garantiremos o máximo de 25/30 alunos por sala, chamando os concursados e reformando escolas e implantando laboratórios de informática e multimídia. Dialogaremos com os 47 mil servidores do setor sobre o plano de carreira unificado (professora(e)s e funcionária(o)s), referenciado no tempo de serviço, na formação e na paridade com aposentada(o)s e pensionistas. As maiores escolas serão pólos de cultura e, além da ampliação da Educação de Jovens e Adultos, reabertas aos cursos vestibulares populares. Ampliaremos a rede de creches e de educação infantil.

ESPECIALISTAS: Um diz que propor diálogo com os 47 mil servidores é promessa demagógica, por ser impossível. Um segundo pergunta: e se a comunidade decidir manter a aprovação continuada e nomear o diretor por qualificação acadêmica? Outro defende a proposta, pois é bem estruturada, já que apresenta elementos para criação de uma escola de qualidade.