Título: Crise paralisa a já frágil economia hondurenha
Autor: Aggege, Soraya; Coimbra, Rafael
Fonte: O Globo, 25/09/2009, O Mundo, p. 32

País perde até US$ 50 milhões por dia. Impacto pode ser maior do que de furacão

Da Bloomberg

TEGUCIGALPA. A economia de Honduras está paralisada desde que o presidente deposto, Manuel Zelaya, voltou ao país, disse a presidente do Banco Central de Honduras, Sandra Midence. O toque de recolher interrompeu a atividade produtiva por três dias e custa ao país US$ 50 milhões por dia, segundo Jesus Canahuati, vice-presidente da representação local do Conselho Empresarial da América Latina (Ceal).

A economia hondurenha, de US$ 14,1 bilhões, perdeu até US$ 200 milhões em investimentos desde 28 de junho, quando os militares depuseram Zelaya, disse ele.

A volta de Zelaya deverá causar uma disparada na demanda por dólares e uma queda nas reservas, uma vez que os hondurenhos procuram a segurança da moeda americana contra a local, segundo Midence.

O impacto econômico dos três meses de impasse político pode ser maior que o do furacão Mitch, que em 1998 matou dez mil pessoas e atraiu US$ 9 bilhões de ajuda para a América Central, disse Alcides Hernández, professor de economia da Universidade Nacional Autônoma de Honduras.

A economia do país deverá encolher entre 1% e 2% este ano, segundo o Banco Central de Honduras.