Título: Resistência à reforma do Fundo
Autor: Berlinck, Deborah
Fonte: O Globo, 08/10/2009, Economia, p. 29

ISTAMBUL. A ideia do diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, de reformar a instituição enfrentou sua primeira grande resistência. Em Istambul, na reunião anual do Fundo, Strauss-Kahn propôs que a instituição passe a abrigar reservas de países e funcione como um banco central global, isto é, um emprestador de último recurso para países em crise.

A Alemanha, motor econômico da Europa e um dos principais contribuintes do Fundo, porém, reclamou que expandir os recursos do FMI em US$500 bilhões este ano, como foi acertado, não é bom.

- Não estamos convencidos de que o FMI deveria assumir a função de uma seguradora das dívidas dos setores públicos. O risco é enviar o incentivo errado tanto para tomadores de empréstimos quanto para investidores - disse o líder do BC alemão, Axel Weber.

Devido à crise, FMI e Banco Mundial têm batido recordes em empréstimos para países em apuros. E há pressão para que assuma um papel maior. Strauss-Kahn não tem dúvida de que o Fundo vive sua revolução:

- Esse encontro pode ser o início de um novo FMI. (Deborah Berlinck, enviada especial)