Título: No Rio, CNT diz que 63,3% das estradas estão boas ou ótimas
Autor: Weber, Demétrio
Fonte: O Globo, 29/10/2009, O País, p. 3

Resultado no estado foi o segundo melhor do país, só pior que o de São Paulo

BRASÍLIA. O Rio de Janeiro é o estado com a segunda maior proporção de estradas boas e ótimas na pesquisa da CNT: 63,3%. Só perde para São Paulo, com 75,4%. O levantamento analisou 2.185 quilômetros de rodovias fluminenses pavimentadas.

Eles representam 42,1% do total de 7,4 mil quilômetros das estradas com pavimentação no estado.

Do universo pesquisado pela CNT no Rio, mais da metade corresponde a rodovias concedidas à iniciativa privada ¿ nada menos que 1.240 quilômetros ou 56,8% do total avaliado.

Das cinco classificações possíveis, a maior fatia no Rio é justamente a ótima, com 38,7%. A categoria bom responde por 24,7%.

A malha rodoviária do Rio tem 36,7% de trechos em situação regular (29,6%), ruim (5,1%) ou péssima (2%). O melhor desempenho das rodovias fluminenses está na avaliação sobre a pavimentação: 70,5% (1.541 quilômetros) foram considerados em ótimas condições e 3,3%, em boas. Assim, 73,8% ¿ quase três em cada quatro quilômetros ¿ estão bem nesse quesito. Em termos de sinalização, 52,3% estão ótimos e 16,6% bons (68,9% de aprovação).

Já o item referente à geometria das vias, que leva em conta o traçado, as curvas perigosas e os declives e aclives, recebeu as notas mais baixas:11,8% de ótimo e 23,5% de bom, ou seja, 35,3% de aprovação. E 38,8% das estradas fluminenses receberam classificação regular; 16,3%, ruim; e 9,6%, péssimo.

Dos 2.185 quilômetros analisados pela CNT no Rio, 1.543 (70,6%) são de pista simples de mão dupla e apenas 26,1% de pista dupla. Em 88,9% das rodovias, não há faixa adicional em trechos de subida e 58,4% têm curvas perigosas.

Ao divulgar o estudo, a CNT acabou endossando as reclamações do presidente Lula contra o Tribunal de Contas da União, que mandou parar 26 de 62 obras por suspeita de irregularidades.

Segundo a CNT, a perda anual com o atraso será de R$ 745,5 milhões (67% do custo das obras, de R$ 1,1 bilhão). (Demétrio Weber)