Título: No Sul, BR-101 é modelo
Autor: Fabrini, Fábio
Fonte: O Globo, 22/11/2009, O País, p. 10

Duplicação reduziu acidentes graves e mortes

CURITIBA. Conhecido até pouco tempo como ¿corredor da morte¿, o trecho da BR-101 que liga o Paraná, através da BR-376, a Santa Catarina é hoje referência de segurança para policiais rodoviários e motoristas.

O percurso de 345 quilômetros de Curitiba (BR-376) a Florianópolis (BR-101) foi duplicado. Há obras ao longo da estrada e sinalização em pontos críticos da rodovia, sinuosa em muitos quilômetros.

Concedida desde fevereiro do ano passado ao grupo espanhol OHL. A estrada tem outra vantagem para o usuário: de Curitiba a Florianópolis, são três pedágios, a R$ 1,10 cada.

Em território paranaense, a estrada ainda tem remendos. Placas de distância e de localização precisam de reforço para melhor orientação do motorista. Um dos pontos fortes é a segurança, com avisos sobre velocidade, olhos-de-gato para quem dirige à noite e orientação nos pontos perigosos e com curvas.

Sair da capital paranaense rumo à catarinense é um destino corriqueiro para a pedagoga Tania Mary Gomez, que mora em Curitiba e tem parentes em Santa Catarina.

¿ A gente vê que estão investindo. A sinalização está uma maravilha.

Inspetor da Polícia Rodoviária Federal, Emerson Borges lembra: ¿ Era corredor da morte. Vi acidentes graves, colisão frontal entre caminhões. Isso acabou.

Hoje os acidentes são mais por desatenção.

Se a duplicação reduziu colisões com morte, não impediu o aumento no número de acidentes.

Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), houve 29.254 na BR-101 em 2007, contra 31.202 em 2008. O número de mortes caiu de 950 em 2007 para 902 em 2008. Uma das iniciativas para aumentar a segurança é um comitê de segurança viária formado por policiais, representantes da concessionária e autoridades da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).