Título: Empresa diz que fará mais que meta oficial
Autor: Delmas, Maria Fernanda; Brandão, Tulio
Fonte: O Globo, 26/11/2009, Rio, p. 23

Um dos projetos é alimentar usina de energia com gases gerados na fabricação do aço

A Thyssenkrupp CSA informou que os projetos de compensação de CO2 em andamento são voluntários. Em nota, a empresa afirma que o percentual de 17% é alto, uma vez que o governo brasileiro divulgou recentemente metas de corte entre 0,3% e 0,4% nas emissões do setor siderúrgico (usando como base as emissões de CO2 num cenário de crescimento econômico de 4% a 6%), para serem apresentadas na Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, que acontecerá em dezembro em Copenhague, na Dinamarca.

A CSA explica que, do total de 1,7 milhão de toneladas de CO2 compensadas, 1,1 milhão corresponderão ao projeto de fornecimento da escória para a fábrica de cimento da Votorantim. A escória substituirá o clínquer, uma das matérias-primas do cimento, cuja fabricação resulta em grandes emissões do gás do efeito estufa. O volume restante de CO2 será compensado, de acordo com a empresa, através de três projetos de mecanismo de desenvolvimento limpo (MDL), com recebimento de créditos de carbono.

Segundo diz a nota da empresa, serão aproveitados ¿os gases gerados na fabricação do aço para geração de energia na usina termelétrica da TKCSA (CSA). Os projetos já foram protocolados nas Nações Unidas para futura negociação de créditos¿.

A CSA deverá ser inaugurada até o meio do ano que vem, com atraso, pois o cronograma original previa a data de março de 2009 para a abertura da empresa. O investimento total para colocar o projeto em funcionamento beira os 5 bilhões de euros (R$12,9 bilhões).