Título: Magistrado nega participação em esquema
Autor: Otavio, Chico; Bruno, Cássio
Fonte: O Globo, 29/11/2009, O País, p. 9
Ele, porém, admitiu ter pedido abertura de duas offshore O desembargador aposentado Manoel Carpena Amorim, ex-corregedor-geral do Tribunal de Justiça do Rio, negou todas as acusações de participação em um esquema internacional de lavagem de dinheiro.
O magistrado declarou nunca ter enviado qualquer quantia para contas bancárias em paraísos fiscais.
¿ Existe uma investigação criminal. Falaram de uma importância de não sei quantos mil dólares. Eu não tenho noção do que significa. Já expliquei à Polícia Federal que eu não tinha e não tenho conta nenhuma em lugar nenhum ¿ disse ele.
A exemplo do depoimento dado à PF, Carpena Amorim voltou a admitir conhecer o casal Norbert (já falecido) e Christine ¿ ele, amigo de mais de 20 anos.
Mas negou a movimentação de recursos em bancos do exterior e reconheceu apenas ter pedido ao casal para abrir as duas offshore, pois planejava morar em Portugal após deixar o Judiciário, por ter dupla cidadania.
Carpena Amorim saiu em defesa da mulher: ¿ Ela nunca foi sócia desse Eduardo. Comprei uma cota pequena (da Ocean Coast) para investir na construção de apartamentos.
Foi um investimento meu. Usei o nome dela porque a gente tem vida integrada. O contrato está registrado e faz parte do nosso imposto de renda.
Mas o magistrado admitiu conhecer o lobista: ¿ Há sete anos, ele não era essa figura que está sendo retratada nos jornais. Ele era genro de um grande amigo, o desembargador aposentado Antônio Lindbergh Montenegro.
Em relação à juíza Márcia Cunha, Carpena Amorim disse ter cumprido a lei: ¿ Surgiu a denúncia, tomei seu depoimento e encaminhei o caso ao Conselho dos Magistrados.
A entidade não tinha competência para apreciar e enviei para o Órgão Especial