Título: Fraude no Enem: acusados viram réus
Autor: Weber, Demétrio ; Souza, Carlos
Fonte: O Globo, 19/12/2009, O País, p. 13

SÃO PAULO. Os cinco acusados de envolvimento no vazamento das provas do Enem ¿ que provocou o adiamento do concurso de outubro para dezembro ¿ passaram a ser réus e vão responder a processo pelos crimes de corrupção passiva e quebra de sigilo funcional. Só a denúncia de peculato (furto praticado por funcionário público) feita pelo Ministério Público Federal foi rejeitada pelo juiz Márcio Milani, da 10aVara Federal Criminal de SP.

Para corrupção passiva, a pena é de dois a 12 anos de prisão. O crime de quebra de sigilo funcional prevê pena de seis meses a dois anos de detenção.

Felipe Pradella, apontado como chefe do grupo, vai responder ainda pelo crime de extorsão, por ter pedido R$ 10 mil para não agredir a repórter de ¿O Estado de S. Paulo¿ que denunciou o vazamento. A pena para esse crime é de 4 a 10 anos de prisão.

Três dos réus, Pradella, Marcelo Sena Freitas e Filipe Barbosa, eram funcionários da Cetro, uma das empresas que formavam o consórcio responsável pela impressão do Enem.

O DJ Gregory Camillo e o empresário Luciano Rodrigues teriam negociado a venda da prova.