Título: Ibope: para 92%, invasões de terra são ilegais
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Fonte: O Globo, 22/12/2009, O País, p. 15
Pesquisa encomendada pela CNA avaliou opinião sobre MST BRASÍLIA. Pesquisa feita pelo Ibope, a pedido da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), revelou que 92% dos entrevistados consideram ilegais as invasões de terra. Segundo a consulta, 75% dos brasileiros ouvidos consideram que esses atos não são necessários para a implementação da reforma agrária no país. A pesquisa foi realizada com duas mil pessoas entre os 12 e 16 de novembro com o objetivo de saber qual a opinião dos brasileiros sobre o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Ainda segundo o estudo, 72% dos entrevistados consideram que o poder público deve usar a polícia para cumprir ordens judiciais de retirada dos invasores.
Além disso, 61% acham que o governo deve cumprir os mandados de reintegração de posse.
Para o mesmo percentual, o caminho mais adequado para resolver conflitos agrários é a Justiça.
Dos entrevistados, 69% condenam que proprietários de terras usem armas próprias para se proteger das invasões.
Imagem do MST está associada mais a vandalismo Segundo a pesquisa, a imagem do MST está associada mais a vandalismos do que à reforma agrária. Ao falar no movimento, 69% dos entrevistados o associaram à ideia de invasões, 53% a atos de violência e 38% a luta por direitos. Dos entrevistados, 78% citaram as invasões como principal ação do MST para atingir seus objetivos.
Ainda segundo a pesquisa, 57% consideram que o MST se desviou de seus principais objetivos.
E, para 60%, o MST atrapalha mais do que ajuda a reforma agrária. Além disso, 72% disseram que o movimento prejudica o desenvolvimento político e social do país. Para 81%, a instituição prejudica a imagem do Brasil no exterior. A maioria dos entrevistados, 82%, apoiam a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar quem financia o movimento.
Segundo a assessoria de imprensa do MST, a pesquisa não retrata a realidade da relação do movimento com a sociedade, que, disse, sempre o apoiou. A assessoria informou que nenhum integrante do MST comentaria a pesquisa