Título: Senado dos EUA aprova embaixador no Brasil
Autor:
Fonte: O Globo, 26/12/2009, O País, p. 9

Nome de Thomas Shannon é aceito, nove meses depois de ter sido indicado pelo presidente Barack Obama WASHINGTON. Considerada crucial para a relação entre as gestões de Barack Obama e Luiz Inácio Lula da Silva, a nomeação do novo embaixador americano no Brasil, Thomas Shannon, foi enfim aprovada anteontem pelo Senado dos Estados Unidos, na última sessão antes do recesso de Natal.

O nome recebeu a chancela dos senadores, nove meses depois de ter sido indicado pelo presidente americano.

Diplomata de carreira, Shannon era, até novembro, subsecretário de Estado para o Hemisfério Ocidental, responsável pela diplomacia dos Estados Unidos para a América Latina. Entre 2003 e 2005, ocupou os cargos de assessor especial da Casa Branca e de diretor sênior para Assuntos do Hemisfério Ocidental no Conselho de Segurança Nacional dos EUA.

Republicanos apresentaram restrições a nome O atraso em quase sete meses na aprovação do nome de Shannon se deve a vetos de senadores republicanos, críticos das políticas de Obama para a América Latina.

O senador Jim DeMint, do estado da Carolina do Sul, foi o primeiro a apresentar veto à indicação do novo embaixador.

Ele fez críticas à posição do governo Obama diante da deposição de Manuel Zelaya da Presidência de Honduras.

Em novembro, DeMint retirou o veto, mas o senador George LeMieux, da Flórida, também republicano, bloqueou a indicação. O argumento de LeMieux para o veto foi a posição de Shannon em relação ao regime cubano e, assim como no caso de DeMint, à atitude dos Estados Unidos diante da crise política em Honduras. O veto de LeMieux foi retirado no dia 17 de dezembro A maior parte do Partido Republicano sustenta que a deposição de Manuel Zelaya da Presidência de Honduras foi constitucional. Já a administração Obama classifica como golpe.

Shannon é fluente em português e espanhol e trabalhou no fim da década de 1980 e início dos anos 1990 na Embaixada dos EUA em Brasília