Título: Superpetroquímica já está de olho na Europa para expandir negócios
Autor: Ordoñez, Ramona
Fonte: O Globo, 25/01/2010, Economia, p. 15

Petrobras escolherá executivos para a nova Braskem ainda esta semana

A Braskem, que na última sexta-feira se tornou a oitava petroquímica do mundo com a compra da Quattor ¿ negócio realizado em parceria com a Petrobras ¿, não pretende parar de crescer. O diretor de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa, que esteve à frente das negociações, disse ontem que a nova Braskem já está em busca de novos negócios no exterior para se tornar, em breve, a quinta maior do mundo.

¿ A Braskem já olha possibilidades de investimentos no exterior, principalmente na Europa e nos Estados Unidos ¿ destacou Paulo Roberto.

A associação entre a Braskem, do grupo Odebrecht, e a Petrobras para adquirir Quattor, com unidades industriais no Rio e em São Paulo, foi anunciada na última sexta, após cinco meses de negociações. As duas empresas vão injetar na Quattor R$ 3,5 bilhões, dos quais R$ 2,5 bilhões pela Petrobras e o restante pela Odebrecht.

Petroquisa poderá ter novo presidente Esta semana começarão a ser escolhidos os nomes dos executivos da Braskem e da Petrobras que comandarão a superpetroquímica. Um executivo da Odebrecht disse que em princípio não serão feitas grandes mudanças. A idéia é manter Marcelo Odebrecht na presidência do Conselho de Administração e Bernardo Gradin como diretor-presidente da Braskem.

Do lado da Petrobras, Paulo Roberto Costa confirmou que serão escolhidos os executivos que representarão a estatal esta semana. Segundo ele, será feita uma reavaliação dos representantes da Petrobras na Braskem, levando em conta a nova posição de maior peso na Braskem. Isso significa que, além das novas vagas na diretoria e no conselho que serão criadas, poderão ser feitas mudanças nos atuais cargos.

¿ Vamos fazer uma profunda reavaliação já que estaremos numa posição diferente da anterior. E isso não quer dizer que os atuais (diretores) serão mantidos ¿ destacou Paulo Roberto.

O diretor não descarta, inclusive, uma mudança na presidência da Petroquisa, subsidiária da Petrobras, hoje ocupada por Djalma Rodrigues de Souza.

Pelo acordo, dos dez assentos da empresa, a Petrobras passará a ter quatro no Conselho de Administração da Braskem. Hoje são três (Djalma de Souza é o vice-presidente do Conselho, além de outros dois conselheiros).

Na diretoria-executiva da nova Braskem, dos sete diretores a Petrobras vai nomear dois: um de investimentos e outro para o Comperj (Pólo Petroquímico do Rio de Janeiro), que terá participação da Braskem.