Título: Quadro eleitoral indefinido
Autor: Carvalho, Jailton de
Fonte: O Globo, 14/02/2010, O País, p. 3

Sem Arruda, partidos buscam opções viáveis BRASÍLIA. A saída do governador José Roberto Arruda da disputa eleitoral em Brasília deu gás a outros políticos. Na cidade, as cenas de corrupção exibidas nos últimos meses trazem um sentimento de perplexidade, já que a opção que se avizinha é a eleição do ex-governador Joaquim Roriz (PSC), que tem apoio popular, já foi quatro vezes governador da capital. O último escândalo de corrupção o obrigou a renunciar ao mandato de senador três meses após ter assumido, em 2007.

Os adversários de Roriz destacam que o esquema começou no seu governo.

Roriz, dizem os adversários, representa a velha política de corrupção.

Mesmo assim, tem mais de 50% de intenções de voto.

Partidos de esquerda têm candidatos próprios, mas fracos. PSB e PDT discutem aliança. Mas, para ter força, a chapa precisa unir ainda o PT e o PCdoB, o que parece difícil. O PT não abre mão de ter candidato próprio.

O novo presidente do PT-DF, Roberto Policarpo, afirma que a única candidatura posta é a do ex-ministro Agnelo Queiroz. Mas a saída de Arruda atiçou a vontade de outro petista: Geraldo Magela.

Não faltam pretendentes entre ex-aliados de Arruda, como o senador Gim Argello (PTB). No DEM não se descarta a candidatura do atual governador interino, Paulo Octávio. Mas ele diz que não disputará.

Outro nome nesse campo é o do secretário de Transportes do DF, deputado Alberto Fraga. E pode ganhar força a especulação da saída de Roriz, apesar do seu favoritismo. O que se comenta é que ele desejava derrotar Arruda. Com 74 anos de idade e diabético, além da fraca estrutura do seu novo partido, o PSC, ele pode abrir mão da disputa.