Título: Pena de prisão é substituída
Autor: Ribeiro, Luiz
Fonte: Correio Braziliense, 08/06/2009, Política, p. 4

Nas primeiras sete sentenças contra integrantes da máfia dos sanguessugas, proferida pelo juiz Jeferson Schneider, da 2ª Vara da Justiça Federal de Mato Grosso, cinco pessoas foram condenadas a prisão por períodos que variam de um a quatro anos. Mas elas não ficarão presas porque a restrição de liberdade foi substituída por penas alternativas de prestação de serviços, pagamentos pecuniários e multa por danos morais à União, que variam de R$ 12 mil a R$ 30 mil. Os condenados podem recorrer ao Tribunal Regional Federal. Outros dois denunciados (dois motoristas da Planam) foram absolvidos.

Entre os sentenciados está o empresário Aristóteles Gomes Leal Neto, condenado pelos crimes de formação de quadrilha e fraude em licitação e que usava a empresa LealMaq para simular concorrência em licitações fraudadas e possibilitar a vitória das empresas controladas pela organização criminosa. A Lealmaq teria participado de processos fraudulentos de licitações em várias cidades mineiras, conforme denúncias do Correio/Estado de Minas. Aristóteles foi condenado a pena de três anos de prisão, substituídos por três anos de prestação de serviços, pagamento de prestação pecuniária mensal a ser definida e R$ 20 mil de indenização por danos morais à União.

Outras pessoas acusadas de envolvimento com a Máfia dos Sanguessugas e que já foram condenadas são: Tereza Norma Rolim Félix, Bento José de Alencar, Manoel Vilela de Medeiros e Maria Estela da Silva, denunciados pelo Ministério Público Federal em 2006. De acordo com as denúncias, eles foram acusados de manter uma associação estável com a organização que se apropriou de recursos de emendas parlamentares destinadas à compra de ambulâncias e equipamentos hospitalares. Tereza e Estela receberam penas alternativas. (LR)