Título: Mantega estuda novos incentivos
Autor: Simão, Edna
Fonte: Correio Braziliense, 10/06/2009, Economia, p. 12

A equipe econômica está estudando medidas para incentivar os setores de bens de capital e de eletroeletrônicos. Na avaliação de técnicos do governo, se a indústria de bens de capital sofrer um forte desaquecimento por causa da redução dos investimentos dos demais setores, a recuperação da atividade produtiva ficará prejudicada e passará a depender de importações. Os cálculos do governo mostram que os investimentos caíram em 2009. Sem a crise, a taxa seria de 21% do PIB neste ano. Mas com as turbulências, ela ficará próxima de 18%, contra 19% de 2008.

Ontem, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, comemorou o resultado do PIB e afirmou que o país tem condições de fechar o ano com um número positivo. No primeiro trimestre, o crescimento econômico teve um tombo de 0,8% na comparação com três meses anteriores. ¿O governo vai ter que continuar fazendo política monetária e fiscal anticiclíca para podermos alcançar um resultado positivo no fim do ano. Terá que adotar iniciativas no sentido de estimular o consumo e estimular os investimentos para podermos alavancar o crescimento de 1% ao longo deste ano. Não será uma tarefa fácil porém é um desafio possível de ser alcançado¿, afirmou o ministro. Para técnicos do governo, o resultado do PIB no trimestre já garante uma expansão econômica entre 0% e 0,5% em 2009.

O governo deve publicar hoje uma medida provisória autorizando a União a fazer um aporte de R$ 4 bilhões para garantir financiamentos de micro e pequenas empresas. O dinheiro será dividido entre dois fundos (do BNDES e Banco do Brasil) e vai dar garantia a R$ 48 bilhões em financiamentos. (Da redação)

RANKING Entre 41 países que já divulgaram o PIB do primeiro trimestre, o Brasil ocupa o 13º lugar com queda anualizada de 1,8%. Veja uma relação selecionada.

1º China 6,1% 2º Índia 5,8% 10º Venezuela 0,3% 12º África do Sul -1,3% 13º Brasil -1,8% 14º Reino Unido -1,9% 15º Canadá -2,1% 16º Chile -2,1% 18º Estados Unidos -2,5% 21º Espanha -3,0% 22º França -3,2% 23º Portugal -3,7% 27º Itália -5,9% 31º Alemanha -6,9% 34º México -8,2% 36º Japão -9,7% 37º Cingapura -10,1% 38º Taiwan -10,2% 41º Latvia -18,0%

Fonte: Austin Rating