Título: De novo, dados inflados
Autor: Gois, Chico de; Damé, Luiza
Fonte: O Globo, 30/03/2010, O País, p. 10

Na apresentação do PAC-2, o presidente Lula disse que não há atualmente cidade do país sem investimento do programa. Mas o PAC não alcançou a totalidade dos municípios (5.564).

As obras de habitação tocadas pelo Ministério das Cidades estão em 2.156 deles. As ações de saneamento, nas cidades com mais de 50 mil habitantes, e da Fundação Nacional de Saúde chegaram a cerca de duas mil.

Segundo Dilma, os recursos da poupança aplicados em habitação saltaram de R$ 5,7 bilhões em 2002, último ano do governo FH, para R$ 44 bilhões em 2009. Mas, segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança, o montante destinado ao setor foi de R$ 34 bilhões em 2009.

Lula disse que o último grande plano de infraestrutura foi no governo de Ernesto Geisel (1974-1979). O governo Fernando Henrique Cardoso teve dois planos de investimentos: o Brasil em Ação, de 1996, e o Avança Brasil, de 1999, que investiram R$ 4 bilhões em saneamento e R$ 28 bilhões em habitação.

Lula e Dilma atrelaram o crescimento econômico ao PAC. Mas, entre 1995 e 2006, só não houve expansão em 1998. Nos demais períodos, o PIB aumentou entre 0,3% (1999) e 5,7% (2004).