Título: Petrobras nega irregularidades em negócios com o grupo Schahin
Autor: Fabrini, Fábio
Fonte: O Globo, 29/04/2010, O País, p. 14
Estatal informa que não houve subcontratação para construir plataforma BRASÍLIA. A Petrobras negou ontem quaisquer irregularidades em negócios com o grupo Schahin. Em nota, explicou que tem contrato de US$ 1,5 bilhão com a offshore Airosaru Drilling LLC para a construção de uma plataforma, cuja interveniente (espécie de coresponsável) é a Schahin Petróleo e Gás. Em outro contrato, de R$ 292 milhões, firmado para a operação da estrutura, também figuram as duas empresas.
A estatal sustenta que não houve subcontratação e que a operação é normal, seguindo parâmetros das legislações brasileira e internacional.
A plataforma será entregue no ano que vem e, segundo a empresa, só a partir daí haverá repasses. O GLOBO apurou que a estrutura para exploração é na Ásia. Em contratos desse tipo, é com uma constituição de offshores para responder pela obra. Elas cumprem o papel das chamadas sociedades de propósito específico (SPEs) no Brasil.
Também em nota, a Schahin lamentou as acusações.
Alegou que Funaro se aproveita do Congresso Nacional para lançar mentiras, de olho nos seus interesses.
E que os fatos relatados não têm relação com o objeto da CPI das ONGs.
O grupo empresarial informou ser vítima de extorsão pelo corretor, o que vem sendo investigado pelo Ministério Público de São Paulo.
¿Lúcio Funaro utiliza `laranjas¿ e uma offshore para ocultar sua real participação na empresa Cebel, que opera com fundos de pensão na construção e operação de PCHs, uma delas, a de Apertadinho, em Rondônia, onde lamentavelmente ocorreu um acidente de causas ainda desconhecidas, gerando uma discussão jurídica envolvendo a Cebel e o consórcio construtor¿, acusa o texto divulgado.
O grupo alegou também que os contratos com a Petrobras são regulares e frutos de licitações.
Previ, Funcef e Petros negam ingerência de Vaccari
Os fundos de pensão Previ, Funcef e Petros negam ingerência de João Vaccari Neto em suas decisões. Procurado ontem, o tesoureiro do PT informou, por meio de sua assessoria, que as denúncias apresentadas são falsas e reafirmou depoimento prestado ao Senado, segundo o qual só se encontrou uma vez com o corretor Lúcio Funaro.
Vaccari será ouvido pela Comissão Parlamentar de Inquérito na próxima terça-feira.
Ontem, não confirmou se está disposto à acareação com o corretor. Funaro, no entanto, disse que, se for chamado, participará.