Título: Marina propõe plebiscito sobre maconha e aborto
Autor: Marchezan, Isabel
Fonte: O Globo, 12/05/2010, O País, p. 13
Candidata diz ser contra a descriminalização da droga e o procedimento, mas defende debate pela sociedade
PORTO ALEGRE. A pré-candidata do PV à Presidência, Marina Silva, se disse contrária à descriminalização da maconha e ao aborto, mas defendeu plebiscitos para que a população decida qual deve ser a regulação sobre os assuntos. Sabatinada no Painel RBS, ontem, em Porto Alegre, ela também defendeu redução da jornada de trabalho.
A pré-candidata verde disse não ter convicção de que a liberação do uso da maconha ajudaria a reduzir o tráfico.
Não sou favorável (à legalização da maconha). Existem pessoas sérias favoráveis, achando que ajudaria a combater o tráfico de drogas, como é o caso do Gabeira (o deputado Fernando Gabeira, précandidato a governador do Rio pelo PV) e do presidente Fernando Henrique, do PSDB.
Eu me uno às pessoas que acham que a questão é complexa para imaginar que, com descriminalização ou liberalização, ajudaríamos a resolver o problema. Como não é decisão do Executivo, é do Congresso, proponho um plebiscito para que a sociedade tenha a oportunidade de debater.
Evangélica, reafirmou posição pessoal contrária ao aborto: Diria que esse assunto não é de fácil solução. Não existe informação suficiente para um tema complexo que envolve aspectos religiosos, filosóficos, éticos e morais. Se temos convergência de que falta o debate, vamos fazer o debate. O que defendo? Um plebiscito.
Sobre a jornada de trabalho, afirmou que é fundadora da CUT e defendeu a redução: Precisa ser feito sem onerar o processo produtivo, porque precisamos gerar emprego discursou a pré-candidata, que anunciou no domingo o empresário Guilherme Leal, da Natura, como vice em sua chapa.