Título: Escolha de vice domina reunião de líderes do PSDB
Autor: Alvarez, Regina
Fonte: O Globo, 03/06/2010, O País, p. 4

No encontro com Fernando Henrique, foram levantados os nomes de Tasso e Itamar Franco

SÃO PAULO. O encontro informal de líderes do PSDB, ontem, em São Paulo, foi dedicado à escolha do candidato a vice na chapa do presidenciável tucano José Serra. Sem a presença do ex-governador, a reunião terminou sem consenso sobre quem estará de braços dados com Serra na corrida sucessória, mas uma certeza foi posta na mesa: o pré-candidato tem de mergulhar de cabeça na questão nos próximos dias, para que, até 12 de junho, dia da convenção, o PSDB possa apresentar a chapa completa.

Por telefone, em conversa com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que capitaneou o encontro, o pré-candidato teria demonstrado que vai se empenhar na escolha.

Por mais que se discutam as opções, os cardeais sabem que a última palavra é de Serra.

Enquanto o candidato a vice não sobe à tona, caciques do partido voltaram ontem a lançar nomes. Num encontro no Instituto FHC, no Centro de São Paulo, o ex-presidente Fernando Henrique foi o primeiro a dar palpite. Ao lado do senador Tasso Jereissatti (CE), um dos cotados, ele não resistiu e brincou com o temperamentodo colega de partido.

¿ O Tasso é muito explosivo, melhor é ter alguém tipo Marco Maciel ¿ disse Fernando Henrique, numa referência ao seu vicepresidente, conhecido pelo perfil discreto e que foi citado por Serra como o vice ideal.

Aécio defende nome de Itamar para vice Também no encontro, o exgovernador de Minas Gerais Aécio Neves, que declinou dos convites feitos para assumir o posto, fez campanha para o o ex-presidente da República, Itamar Franco (PPS): ¿ O senhor (Fernando Henrique) deveria chamar o Itamar para ver a exposição sobre o Real (que acontece no instituto) ¿ disse Aécio, que tenta aproximar os ex-presidentes para que o PSDB possa considerar Itamar como candidato a vice.

Também estavam no encontro o presidente nacional do partido, o senador Sérgio Guerra (PE), e o ex-ministro Pimenta da Veiga, outro cotado. O grupo também discutiu a necessidade de afinar ainda mais o discurso entre os caciques do partido.