Título: Do impeachment de Collor à CPI dos anões
Autor:
Fonte: O Globo, 11/06/2010, Economia, p. 28

Ibsen é "persona non grata" no Rio Gaúcho de São Borja, 74 anos e filiado ao PMDB, o deputado Ibsen Pinheiro era o presidente da Câmara na votação do processo de impeachment do ex-presidente Fernando Collor, em 1992. No ano seguinte, foi investigado pela ¿CPI dos Anões do Orçamento¿, que descobriu em sua conta uma movimentação incompatível com seu patrimônio. Ibsen não conseguiu contestar as provas e, em 1994, teve o mandato cassado. Em dezembro de 1999, o STF extinguiu o processo, alegando inconsistência na denúncia.

Ibsen voltou à Câmara em 2007 pelo PMDB, onde manteve uma atuação discreta, embora constante. No entanto, voltou a ficar sob os holofotes ao apresentar a emenda que distribui os royalties de toda a produção petrolífera do pais, inclusive a de contratos antigos, entre todos os entes da federação.

Mesmo defendendo uma proposta polêmica, Ibsen, conhecido pela oratória e pelas amizades que manteve no plenário, foi aplaudido ao pregar ¿uma federação justa e equânime¿. No Rio, porém, foi considerado persona non grata e teve sua medalha Pedro Ernesto cassada pelos vereadores