Título: Fitch eleva perspectiva de 'rating' para o Brasil
Autor: Berlinck, Deborah ; Duarte, Patrícia
Fonte: O Globo, 29/06/2010, Economia, p. 22

Em dia de poucos negócios por jogo do Brasil, Bovespa recua, puxada por Vale e Petrobras

RIO e BRASÍLIA. A agência de classificação de risco Fitch Ratings elevou de estável para positiva a perspectiva para o rating do Brasil. A agência confirmou ainda a avaliação da dívida soberana em "BBB-", pouco mais de dois anos depois de ter concedido o grau de investimento ao país.

Segundo a Fitch, a melhora da perspectiva - que indica a direção do rating entre um e dois anos - se deve a um desempenho econômico e resistência melhores que o esperado em meio à recessão global.

Embora positiva, a nota da Fitch pesou pouco no mercado. Em um dia de poucos negócios por causa do jogo do Brasil contra o Chile, o índice Ibovespa, principal referência da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), caiu 0,92% ontem, aos 64.225 pontos. O volume negociado foi de R$3,243 bilhões. O desempenho do mercado brasileiro foi influenciado pelo recuo nas ações da Petrobras e da Vale, mas a queda foi ampliada no fim do pregão por causa do mercado americano. O dólar comercial avançou 0,17%, a R$1,783.

Com a descoberta de três depósitos de minério de ferro na China, Vale PNA (preferencial, sem voto) perdeu 2,17% e a MMX Mineração ON (ordinária, com voto) foi a maior queda do Ibovespa, de 3,81%. Petrobras PN caiu 1,76%, ainda sob a incerteza da capitalização da empresa.

Reserva de ações do BB termina hoje

O Banco do Brasil encerra hoje o período de reserva da oferta pública de suas ações. Na queda de braço nas indicações para o primeiro escalão do banco, o deputado federal e ex-presidente do PT Ricardo Berzoini (SP) perdeu mais uma vez. Na última sexta-feira, foi exonerado o vice-presidente de Tecnologia e Logística, José Luís Salinas, filiado ao PT e afilhado político de Berzoini. Para seu lugar, foi indicado Geraldo Dezena, funcionário de carreira do banco, com 33 anos de atuação, e que estava atualmente na diretoria de Tecnologia da Aliança do Brasil, subsidiária do BB na área de seguros.

Dezena não é filiado ao PT, mas tem bastante proximidade com o partido, especialmente a ala baiana, encabeçada pelo governador Jaques Wagner.