Título: Melhores resultados no Sul e Sudeste
Autor: Weber, Demétrio
Fonte: O Globo, 05/07/2010, O País, p. 10

Piores posições do ranking são dos estados das regiões Norte e Nordeste

BRASÍLIA. Minas Gerais foi o estado que teve maior avanço no Ideb: o índice mineiro referente aos anos iniciais do ensino fundamental saltou de 4,7 para 5,6 pontos, de 2007 para 2009. O acréscimo de 0,9 ponto foi mais do que o dobro da média nacional. Minas, ao lado do Distrito Federal, lidera o ranking estadual nas séries iniciais do ensino fundamental. O Rio aparece em 10º lugar, com 4,7. O último é o Pará, com 3,6.

Estados do Sudeste e Sul obtiveram os melhores resultados nos demais níveis de ensino. O Rio de Janeiro, porém, está fora desse grupo. Na ponta de baixo, Norte e Nordeste ocupam as piores posições.

Nos anos finais (do 6º ao 9º), São Paulo e Santa Catarina dividem a liderança, com 4,5 pontos, seguidos pelo DF, com 4,4. O Rio aparece em 14 º, ao lado do Piauí, com 3,8 pontos. Alagoas segura a lanterna, com 2,9.

No ensino médio, o maior Ideb pertence ao Paraná, com 4,2, seguido por Santa Catarina, com 4,1. O Rio está na 18ª colocação, empatado com Amazonas, Bahia e Pernambuco, todos com 3,3 pontos. O índice mais baixo é o do Piauí, com 3.

Duas cidades paulistas alcançaram os maiores Idebs nos rankings municipais. Cajuru obteve 8,6, numa escala que vai até 10, nas séries iniciais do fundamental. Jeriquara, com 6,6 pontos, ocupa a primeira posição nos anos finais. A cidade fluminense em melhor situação é Cambuci, que com 5,9 aparece em sexto lugar na comparação dos resultados das séries finais. Nas séries iniciais, Cambuci atingiu índice de 5,8, atrás de mais de 500 cidades de outros estados.

Entre as capitais, Curitiba tem o maior Ideb nas séries iniciais do fundamental: 5,7 pontos. Logo atrás vem Belo Horizonte (5,6), e Brasília e Palmas (5,4). Nas séries finais, Palmas ficou em primeiro, com 4,6, seguida de Campo Grande (4,4), e Rio Branco e Florianópolis (4,2).

O MEC dará prazo de 30 dias para que prefeituras e escolas contestem eventuais dados errados que tenham servido de base para o cálculo dos Idebs. Após esse prazo, serão anunciados os resultados definitivos. O Ideb é divulgado a cada dois anos. Na edição anterior, houve erros nos dados do censo escolar usados para calcular o índice de aprovação, um dos componentes do índice. Os outros são os resultados da Prova Brasil e do Saeb - avaliações de língua portuguesa e matemática.