Título: Em SP, Alckmin vira alvo dos adversário
Autor: Ribeiro, Marcelle; Farah, Tatiana
Fonte: O Globo, 13/08/2010, O País, p. 9

Durante o debate, com Serra na plateia, tucano ouviu críticas sobre segurança, educação e preço dos pedágios

ANTES DO DEBATE, Alckmin e Mercadante se cumprimentam no estúdio da TV Bandeirantes em São Paulo

Marcelle Ribeiro, Tatiana Farah e Adauri Antunes Barbosa

SÃO PAULO. Governador por cinco anos e líder nas pesquisas em São Paulo, o candidato Geraldo Alckmin (PSDB) foi o alvo central do debate da TV Bandeirantes. Pedágios, educação e segurança pública foram os pontos mais criticados pelos candidatos do PT, Aloizio Mercadante, do PP, Celso Russomano, e até pelo ex-presidente da Fiesp Paulo Skaf, candidato do PSB, que já apoiou Alckmin em outras ocasiões. Acuado, o tucano se queixou da aliança entre petistas e malufistas:

¿ Está havendo uma aliança entre o PT e o malufismo (representado por Russomano).

O tucano não teve descanso com ataques de Mercadante.

¿ Uma facção de criminosos tomou conta dos presídios. Controla o crack na porta das escolas. O ex-governador (Alckmin) permitiu que o chefe do tráfico convivesse com o criminoso de pequenos delitos ¿ disse o petista.

Paulo Skaf perguntou se o tucano considera normal o lucro abusivo das concessionárias das estradas paulistas.

¿ As concessões trouxeram a São Paulo as dez melhores estradas do país. Acidentes caíram quase 40%. Rodovias federais também são pedagiadas, como a Rodovia da Morte, a Régis Bittencourt ¿ respondeu Alckmin, completando: ¿ A concessão permitiu investimentos e pagou para o governo, que pode recuperar rodovias não pedagiadas.

Skaf insistiu:

¿ O senhor não respondeu se acha normal o lucro que as empresas que cobram pedágio têm. Elas ganham três vezes mais que os bancos. O desempenho do tucano foi acompanhado pelo candidato do PSDB à Presidência, José Serra, que estava na plateia.

Sobre a política de combate ao crack, Alckmin aproveitou para criticar o governo federal, afirmando que a União não credencia unidades de saúde para receber dependentes químicos.

¿ Em São Paulo, foram criadas clínicas para dependentes químicos. O governo federal não paga, por preconceito.

Celso Russomano insistiu que médicos e policiais são mal pagos e que os serviços públicos não atendem ao Código do Consumidor.