Título: Marina critica política externa de Lula
Autor:
Fonte: O Globo, 14/08/2010, O País, p. 14
Candidata do PV diz que país não afirmou princípios de "tradição democrática e cultura de paz" também em Cuba
A candidata do PV à Presidência, Marina Silva, voltou a criticar ontem, em Belo Horizonte, a postura do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na defesa dos diretos humanos na relação com outros países. Perguntada sobre o tema, a presidenciável manteve o discurso que vem adotando durante a campanha.
Na questão dos direitos humanos, acho que o Brasil perdeu a oportunidade, sendo um país de tradição democrática e de cultura de paz, de não ter afirmado esses princípios com relação aos presos cubanos e na questão do Irã afirmou a candidata.
Na África e no G-20, candidata vê avanços Marina reconheceu, porém, pontos positivos da política externa do governo Lula.
Temos que admitir que o Brasil avançou em vários aspectos.
Teve um olhar para a África, que antes não existia.
Ganhou um protagonismo dentro do G-20 fundamental para salvaguardar os interesses dos países em desenvolvimento.
A candidata do PV disse que a política externa em seu governo afirmaria os princípios da democracia, dos direitos humanos e da paz, independentemente de alinhamentos ideológicos.
Mas ressalvou que manteria a proximidade e o diálogo com quem quer que seja.
A candidata do PV participou do lançamento da plataforma para a juventude para o seu programa de governo. Em entrevista, afirmou que, caso seja eleita, manterá o programa Minha Casa, Minha Vida, com a incorporação de projetos urbanísticos nos bairros que receberem moradias.
O que vamos acrescentar é qualidade de vida. (Para que as pessoas possam) Ter processos de deslocamento melhores para estudar e ir ao trabalho.
Queremos que o programa não seja apenas a construção de casas afirmou.
Ao falar sobre a distância que tem de Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) nas pesquisas, disse que a polarização já foi quebrada e que o eleitor vai demonstrar isso.
É o eleitor que vai revogar a ideia de que eleição se ganha com coligação incoerente afirmou, referindo-se indiretamente às alianças de Dilma com o PMDB e de Serra com o PTB.