Título: Ministros querem continuidade de suas pastas
Autor: Batista, Henrique Gomes
Fonte: O Globo, 15/08/2010, O País, p. 13

Titulares de Cidades, Turismo e Pesca: ganhos são muitos Titulares das pastas novatas defendem a manutenção das estruturas criadas no governo Luiz Inácio Lula da Silva. Em comum, eles afirmam que os temas que representam tiveram um ganho de qualidade nos últimos anos e que possuem uma estrutura enxuta.

O ministro da Pesca e Aquicultura, Altemir Gregolin, disse que o país passou a olhar para a pesca de forma diferente depois da criação da secretaria especial e que no ano passado se tornou um ministério. Em sua opinião, o Brasil tem um potencial enorme no setor, que só começa a se desenvolver agora: Temos 8,5 mil km de costa e cinco mil hectares de lâmina dágua apenas nos reservatórios das hidrelétricas. Hoje, o país ocupa uma posição muito pequena entre os grandes produtores de pescado. Podemos ter destaque, como já conseguimos, na criação de gado e de aves disse o ministro.

Ele destaca que o país tem como aumentar a produção sem prejudicar o meio ambiente: Produzimos 1,240 milhão de toneladas de pescado/ano.

Eram 990 mil em 2003. Podemos chegar a 20 milhões de toneladas.

Do aumento, 80% virão da aquicultura, do cultivo de peixes e crustáceos.

Para ele, os avanços que começam a ocorrer novas fábricas de gelo, melhoria dos barcos e ampliação da aquicultura, inclusive com a criação de uma divisão da Embrapa para pesquisar o setor e a concessão de áreas de reservatórios para a criação de peixes , é a prova da necessidade da pasta.

Luiz Barreto, seu colega à frente do Ministério do Turismo, também apresenta números de realizações em sete anos da pasta, desmembrada dos Esportes.

Além de falar do aumento do orçamento e de números de turistas, ele lembra do resgate de patrimônios históricos.

Criamos o Fórum de turismo, que une todos os envolvidos no setor para trocar ideias e criar políticas. E também temos estatísticas, dados, acompanhamos os 65 destinos indutores do turismo brasileiro disse.

Mas Barreto tem um argumento que considera infalível para pregar a manutenção da pasta em um novo governo: Se o Ministério do Turismo fez tanta coisa nos últimos sete anos, com a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, ele se torna essencial.

Márcio Fortes, à frente do Ministério das Cidades, diz que com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o Minha Casa, Minha Vida, a pasta ganhou importância: Gerenciamos recursos acima de nosso orçamento, foram R$ 80 bilhões do PAC. Atuamos em habitação, saneamento, mobilidade urbana e até segurança de trânsito. Temos o Conselho das Cidades e a Conferência Nacional das Cidades, para pensar políticas públicas disse, lembrando que o ministério já abriu concurso público e deve se manter.