Título: Governo pode arrecadar R$ 20 bilhões com primeiro leilão de área do pré-sal
Autor: Ordoñez, Ramona
Fonte: O Globo, 14/09/2010, Economia, p. 24
Licitação seria no início de 2011, com exploração já no regime de partilha
O governo federal espera arrecadar cerca de R$ 20 bilhões só com o leilão de Libra, área de exploração de petróleo da camada do pré-sal da Bacia de Santos. A estimativa é do diretorgeral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Haroldo Lima, para o volume a ser obtido com bônus de assinatura (espécie de lance que as empresas pagam para ter o direito de explorar determinada área). Segundo Lima, os trabalhos estão adiantados para a realização de duas licitações já no início de 2011: além das áreas do pré-sal no regime de partilha, a 11ª Rodada de licitação (fora do présal, no regime de concessão).
¿ Provavelmente Libra, uma das áreas mais promissoras que já identificamos até hoje no país, deve ser a primeira a ser licitada dentro do regime de partilha ¿ disse o secretário de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia, Marco Antônio Martins Almeida, na abertura da Rio Oil & Gas, no Riocentro, no Rio de Janeiro.
Em Libra, a ANP está perfurando um poço para delimitar as reservas. Almeida destacou que a expectativa é que as reservas da área sejam da ordem de oito bilhões de barris, que poderão superar as de Tupi, também em Santos, estimadas entre cinco bilhões e oito bilhões de barris.
O secretário informou, contudo, que a realização das licitações no início do ano só será possível se as eleições presidenciais forem definidas no primeiro turno, o que permitiria ao Congresso Nacional aprovar o novo marco regulatório para o pré-sal até o fim deste ano.
Almeida destacou, também, que a velocidade dos leilões de blocos no pré-sal vai depender da definição de quanto petróleo será exportado e, principalmente, da capacidade da indústria nacional de atender à demanda por serviços e equipamentos da indústria do petróleo.
¿ Se não tivermos indústria no Brasil capaz de atender às demandas do setor petróleo, nós vamos diminuir a velocidade da oferta de áreas ¿ disse Marco Antônio.
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