Título: Governador diz que estado tem R$ 10 bi em caixa
Autor: Victor, Duilo
Fonte: O Globo, 17/09/2010, O País, p. 20
Orçamento recorde do DER fará expandir a malha rodoviária
Para provar que sua gestão terá musculatura para investir com dinheiro próprio num possível segundo mandato, o governador Sérgio Cabral, candidato à reeleição, tem decorados dois números: o primeiro é quantia de R$ 10 bilhões em caixa, contra os cerca de R$ 100 milhões que recebeu quando assumiu o governo, de acordo com sua versão. O outro é o espaço fiscal que conquistou do governo federal para endividamento do estado: R$ 5,3 bilhões, com base na avaliação das contas estaduais em 2009.
Quando poderíamos imaginar que uma agência de classificação de riscos, como a Standard & Poors, iria dar o grau de investimento para o Rio de Janeiro, assim como já tem a Vale e a Petrobras? pergunta Cabral, em tom de comemoração, sobre a classificação financeira que recomenda o estado para investimentos mesmo no que diz respeito aos fundos mais conservadores.
Na pauta de investimentos com dinheiro do estado, Cabral destaca ainda o orçamento do Departamento de Estradas e Rodagens (DER) para o ano que vem R$ 10 bilhões quantia recorde, de acordo com o governador, e que servirá para recuperar e expandir a malha rodoviária.
No entanto, a menina dos olhos continua sendo o Arco Metropolitano que, ainda segundo o candidato à reeleição, vai criar uma nova fronteira econômica nas cidades que ficam situadas no entorno da Região Metropolitana e desafogará o tráfego na Avenida Brasil e nas rodovias Presidente Dutra e Washington Luís.
Setor naval padecia de um monopólio absurdo A Secretaria estadual de Desenvolvimento econômico, explica o peemedebista, já captou do Banco Interamericano de Desenvolvimento R$ 2,5 milhões para ocupação econômica das cidades que serão cortadas pelo Arco Metropolitano.
Promessa corriqueira quando visita representantes empresariais, o governador também comentou sobre a política de incentivos fiscais, com a redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). No caso do setor naval, por exemplo, outro importante investidor em território fluminense, Cabral explica porque, desde 2008, isentou o aço importado do tributo estadual: O setor naval padecia de um monopólio absurdo.
Por isso, decidimos pela isenção na importação do aço para construção de navios. Pretendo continuar (com a isenção). Ainda não acabamos com o monopólio como gostaria.