Título: Palocci, Mangabeira, segundo turno e afins
Autor: Brisolla, Fábio; Vasconcellos, Fábio
Fonte: O Globo, 01/10/2010, O País, p. 3

Os bastidores do debate

A jornalista Míriam Leitão, colunista do GLOBO, acompanhou do Projac o debate. E abasteceu seu blog com relatos de conversas que teve nos bastidores e na plateia, além de análise sobre o que diziam os presidenciáveis. Leia os principais trechos:

SEGUNDO TURNO: Assessores dos candidatos à Presidência admitem que o debate será decisivo para definir se haverá ou não segundo turno. Como a distância para isso é pequena, um desempenho bom de Serra e Marina ou fraco de Dilma poderá fazer a diferença.

PALOCCI: Por duas vezes, quando falava da informalidade no mercado de trabalho, Dilma se referiu ao período do governo Lula como se tivesse começado em 2005, não em 2003. Fui ao ex-ministro Antonio Palocci e perguntei se ela não tinha gostado do período dele no governo. Ele: a candidata quis dizer que a curva da informalidade começou a cair em 2005, quando não estava mais no governo.

MANGABEIRA: Eu falei com Mangabeira Unger, ex-ministro de Assuntos Estratégicos, considerado polêmico. (...) Ele disse que está com muitas esperanças de voltar a trabalhar no governo, se Dilma for eleita.

ATO FALHO: O que caracterizou o debate até agora é que Marina e Serra não estão se atacando e até Plínio está facilitando a vida do tucano. O destaque do segundo bloco foi o ato falho da candidata do PT, que disse que no site estavam registradas todas as doações oficiais, o que provocou riso. Ela disse que lamentava o riso de quem não tinha essa prática.

SANEAMENTO: Serra disse que `nem aqui nem na lua¿ o governo Lula investiu R$40 bilhões na área. E não investiu mesmo. (...) Em sete anos de governo, o número de domicílios com rede coletora de esgoto passou de 56% para 59%. No governo Fernando Henrique, tinha passado de 48% para 56%. Na verdade, os dois governos não tiveram bom desempenho nessa área.

IMPRENSA ESTRANGEIRA: Há muitos jornalistas de diversos veículos de comunicação, inclusive nove profissionais estrangeiros, vindos de Chile, EUA e Alemanha, trazidos pelo órgão que divulga o Brasil no exterior.