Título: PSOL e Plínio, sucesso só no mundo virtual
Autor: Alencastro, Catarina; Roxo, Sergio
Fonte: O Globo, 04/10/2010, O País, p. 17

Partido sai menor, e candidato não conseguiu transformar popularidade na internet em votos

SÃO PAULO. O sucesso de Plínio de Arruda Sampaio na internet não se traduziu em votos no mundo real. O candidato do PSOL à Presidência, de 80 anos, não se intimidou com as redes sociais e se entusiasmou com a repercussão de sua primeira participação num debate no Twitter. No entanto, na votação Plínio ficou em torno de 1%.

Plínio votou ontem de manhã no Colégio Santa Cruz, no bairro Alto de Pinheiros, em São Paulo. Acompanhado pelos filhos Plínio Júnior e Vicente, pelas netas Rosa e Ana, pela mulher, Marietta, e pela nora, Ana, depois de votar ele disse que o PSOL vai se reunir hoje para discutir a posição do partido no segundo turno: ¿ Vamos ver qual será a conjuntura, que passo o socialismo pode dar. Se for apoiar fulano, vamos apoiar. Se for não apoiar ninguém, não vamos apoiar.

Sempre bem-humorado, o candidato do PSOL disse, em meio ao tumulto provocado pelos jornalistas que o aguardavam no local de votação, que a campanha eleitoral deste ano foi mais difícil que a de 2006, quando a candidata Heloísa Helena teve 6,8% dos votos.

¿ Um certo tipo de socialismo caiu de moda no Brasil, mas não o socialismo com ideias de igualdade, liberdade e fraternidade.

Esse lema é eterno e vamos lutar por ele ¿ disse Plínio, que admitiu que o apoio pessoal de Heloísa Helena fez falta.

Mas ele considerou que a mensagem do PSOL foi entendida, principalmente pelos jovens: ¿ O que é importante é que a juventude captou o que foi dito. A mensagem fundamental foi essa: como fazer este país mais igual.

Plínio ainda criticou o que considera pouco espaço que teve na imprensa e o fato de o Datafolha, segundo ele, não colocar seu nome como opção nas pesquisas.