Título: PSOL de Plínio deve ficar neutro
Autor: Alencastro, Catarina
Fonte: O Globo, 14/10/2010, O País, p. 14
SÃO PAULO. Entre as pelo menos três propostas que serão examinadas na reunião que a executiva nacional do PSOL fará amanhã, em São Paulo, para discutir a posição do partido no segundo turno, o único ponto em comum é o repúdio à candidatura ¿de direita¿ de José Serra (PSDB). A primeira proposta a ser examinada, porém, é não apoiar nem Serra nem Dilma Rousseff (PT).
¿ Uma das propostas é não apoiar nem um nem outro. Na prática seria o voto nulo ¿ explica o deputado reeleito Ivan Valente (PSOL-SP), um dos participantes da reunião.
Outra hipótese, segundo ele, seria o partido indicar ¿nenhum voto a Serra¿, mas sem indicar voto em Dilma: ¿ Essa seria uma posição menos neutra.
Terceira proposta, segundo o deputado paulista, seria uma variação do ¿nenhum voto a Serra¿, mas com ¿apoio crítico¿ à candidata do PT.
¿ Essa é a proposta do votar no menos pior. Segundo turno é isso. Seria o apoio crítico a Dilma.
Independente de qual posição será definida pela maioria, o PSOL se manterá na oposição qualquer que seja o resultado da eleição.
Para Ivan Valente, o partido fará ¿oposição programática¿ defendendo as posições sustentadas durante a campanha presidencial de Plínio de Arruda Sampaio.
¿ O Serra defende a criminalização dos movimentos sociais, tem posição contra países que lutam pela sua autodeterminação e defende valores muito reacionários. Mesmo assim, ele e Dilma defendem a mesma política econômica ¿ criticou Plínio.