Título: Serra critica uso da máquina do governo
Autor: Farah, Tatiana
Fonte: O Globo, 24/10/2010, O País, p. 12
Tucano faz apelo para que eleitores adiem a "curtição do feriado" para votar
ARARAQUARA (SP) e MACEIÓ. O candidato do PSDB José Serra disse ontem que ¿o uso da máquina do governo para atacar adversários é comum¿. Alegando desconhecer detalhes das reportagens da revista ¿Veja¿ e do jornal ¿O Estado de S. Paulo¿, Serra não quis comentar diretamente as denúncias envolvendo pressões no governo para intimidar adversários e um processo em que o chefe de Gabinete da Presidência aparece como réu.
¿ Não vi a imprensa hoje.
Não me surpreenderia, mas prefiro não comentar. O uso da máquina do governo para atacar adversários é comum e corrente.
É comum, é habitual nesse governo ¿ disse Serra, em evento em Araraquara.
Críticas mais fortes foram feitas pelo governador de São Paulo, Alberto Goldman, e pelo senador eleito Aloysio Nunes (PSDBSP).
Goldman foi incisivo ao comentar a informação de que o chefe de Gabinete da Presidência, Gilberto Carvalho, é réu em processo no qual é acusado, com o PT, de participar de uma quadrilha que cobrava propina de empresas de transporte na prefeitura de Santo André, que teria desviado R$ 5,3 milhões: ¿ Foi esse grupo que assassinou o prefeito Celso Daniel. Porque o Celso Daniel disse, em um certo momento: ¿Não posso ir tão longe quanto vocês querem que eu vá¿. Hoje Gilberto Carvalho passou a ser réu, é o secretário particular do presidente da República. Tornou-se réu.
Ele criticou Lula por defender ¿a violência contra candidatos que fazem sua campanha eleitoral de forma legítima¿, ¿querendo transformar vítima em réu¿.
Serra disse estar preocupado com a possibilidade de eleitores emendarem o feriadão de Finados e deixarem de votar: ¿ Preocupa. É muito importante as pessoas se darem conta da importância que têm estas eleições para o futuro do Brasil e adiarem um pouquinho a curtição do feriado.
Em Alagoas, os senadores tucanos Aécio Neves (MG) e Sérgio Guerra (PE) voltaram a criticar Lula e Dilma Rousseff sobre sua reação à agressão contra Serra.
Aécio pediu tranquilidade