Título: Temer defende que atual divisão de ministérios por partido seja mantida
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Fonte: O Globo, 06/11/2010, O Pais, p. 10

Segundo o vice-presidente, "a equação dessa coalizão será a mesma" João Guedes* PORTO ALEGRE. Contrariando as aspirações dos partidos aliados, que desejam ampliar a participação no Ministério da presidente eleita, Dilma Rousseff (PT), o futuro vice-presidente, Michel Temer (PMDB), sugeriu ontem que o novo governo mantenha a atual divisão dos espaços no primeiro escalão: ¿ A coalizão político-eleitoral que se fez agora foi com muitos partidos. Mas são os mesmos partidos da base do governo atual. O ideal seria manter esse mesmo quadro para o futuro ¿ disse, em entrevista à Rádio Gaúcha.

Temer, que também preside o PMDB, afirmou que as discussões sobre a escolha de cargos levam em conta a preservação do número de ministérios de cada partido: ¿ Pode ser que haja necessidade de alguma adaptação. Tirar um ministério de um partido, trazer um ministério de outro partido, fazer compensação.

A equação dessa coalizão será a mesma do atual governo.

O vice-presidente eleito não descartou, nem admitiu, a participação no governo de peemedebistas que tenham apoiado o candidato tucano José Serra: ¿ Vai depender da Dilma.

Minha sugestão é a de que levemos os nomes de todos os partidos para a presidente, para que ela possa decidir. Quem será escolhido, confesso, fica difícil dizer.

Temer rechaçou as críticas de que o PMDB é fisiológico. Para ele, trata-se de preconceito: ¿ A realidade é outra. Os governos quando precisam do Congresso Nacional, precisam de uma coalizão e vão procurar os partidos.