Título: Marinha só participa quando Defesa convocar
Autor: Ramalho, Sérgio
Fonte: O Globo, 06/12/2010, Rio, p. 12

Instituição se diz pronta a atuar em cenários nacionais ou no exterior

A Marinha informou, em nota oficial de seu Centro de Comunicação Social, que "qualquer participação de militares ou equipamentos da Marinha, na Força de Pacificação (FPaz) no Rio de Janeiro, se dará mediante determinação do Ministério da Defesa". A Força de Paz no Alemão vai funcionar sob o comando do Exército e a diretriz ministerial prevê que a Marinha e Aeronáutica permaneçam em condições de alocar recursos operacionais, sempre que solicitadas.

Em relação às matérias "Polícia e Marinha têm tudo pronto para tomar Rocinha" e "Marinha está pronta para mais uma batalha", publicadas ontem no GLOBO, a Marinha esclareceu que "até o presente momento, não houve nenhuma determinação do Ministério da Defesa, no sentido de iniciar-se qualquer tipo de planejamento visando a uma futura participação dos fuzileiros navais na Rocinha". A Marinha confirmou, também na nota assinada pelo contra-almirante Paulo Mauricio Farias Alves - diretor do Centro de Comunicação Social -, que "a Força de Fuzileiros Navais, como Força Expedicionária e integrante de Forças de Paz da ONU, como no Haiti, está sempre pronta para atuar em diversos cenários, nacionais ou no exterior, de acordo com os interesses brasileiros".

Uma das forças mais bem preparadas para combates urbanos no país, o Corpo de Fuzileiros Navais teve uma participação decisiva na operação de ocupação da Vila Cruzeiro, no dia 25 de novembro, ao empregar blindados que conseguiram ultrapassar as barreiras colocadas pelo tráfico, surpreendendo os traficantes. A participação da Marinha foi planejada com a Polícia Militar, já que o Bope tinha policiais sitiados dentro da favela.