Título: Motorola Spice, uma introdução razoável ao mundo do Android
Autor: Suwwan, Leila; Gomes, Wagner
Fonte: O Globo, 19/01/2011, Economia, p. 25

Objetivo, smartphone tem seus atrativos, mas poderia ser melhor

O Motorola Spice parece pesar mais que os 145 gramas apontados em suas especificações. Ele é mais pesadinho que um BlackBerry 8520 ou Xperia 10 Mini Pro. Logo de cara, a função touch do smartphone não agrada muito: em dados momentos, precisamos tocar na seta de retorno mais de uma vez para que ele volte à tela anterior (e, em certos casos, volta à inicial, obrigando o usuário a refazer alguns de seus caminhos).

Teclado, deslizante e vertical, é um tanto apertado

Outro ponto negativo é o teclado. A Motorola já trouxe para o Brasil modelos com teclado bem mais confortável, como o Backflip ¿ cujo teclado é lateral, permitindo mais espaço entre as letras. Já no Spice, o teclado deslizante é vertical, e assim as teclas ficam comprimidas como as de um smartphone da RIM. Quem não possui dedos delicados poderá encontrar alguma dificuldade para digitar nele.

Pelo menos no teclado virtual é possível virar o celular para ter acesso a uma digitação mais palatável.

O Spice vem com o Android 2.1 e as funções correspondentes do Google (Gmail, Maps, Calendar, Gtalk, Latitude, StreetView, busca...). Um aplicativo muito interessante é o Flashback, que recorda numa linha do tempo as ações feitas pelo usuário no celular, com as respectivas datas ¿ ligações, fotos, etc.

A câmera (que também filma) dispõe de apenas 3.2 megapixels, mas tem uma função panorâmica inteligente. O usuário indica a direção em que deseja que a foto de 360 graus siga (à esquerda, por exemplo) e, ao mover o aparelho para lá, ele automaticamente tira as fotos necessárias para completar o ângulo. Em seguida as junta.

Contando com as tecnologias sem fio Wi-Fi e Bluetooth, o smartphone, além do Android Market, traz também o aplicativo Shop4Apps, da Motorola, para adquirir mais programinhas, como jogos e utilitários. O Motorola Spice pode ser definido como um smartphone entry-level, uma introdução ao mundo desses celulares mais equipados.

Por isso mesmo ¿ sua relativa simplicidade ¿ poderia custar, desbloqueado, menos que os R$650, em média, pedidos nas lojas.