Título: Vestibulandos da UFMG recorrem à Defensoria
Autor: Weber, Demétrio
Fonte: O Globo, 26/01/2011, O País, p. 5

Convocados horas antes da prova se sentiram lesados

BELO HORIZONTE. Pelo menos 15 estudantes que se sentiram lesados por terem sido convocados em cima da hora para a segunda etapa do vestibular da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) procuraram ontem a Defensoria Pública da União. Até o fim da semana, os defensores vão avaliar o caso para decidir que medidas adotar em relação ao episódio, que prejudicou 3,3 mil candidatos convocados menos de 24 horas antes da primeira prova da segunda etapa, no domingo.

A Defensoria promete analisar caso a caso para decidir quais motivarão ação de indenização contra a universidade mineira e contra o MEC.

Mais de 3 mil alunos que tiraram nota zero ou ficaram sem nota registrada em pelo menos uma das provas do Enem - que substituiu a primeira etapa do vestibular da universidade mineira - obtiveram na Justiça o direito de realizar a segunda fase do processo seletivo. No entanto, por causa de uma guerra de liminares entre a escola e a Defensoria, eles foram convocados para fazer o exame apenas na madrugada de domingo, por e-mail. Menos de 10% dos que obtiveram na Justiça o direito de fazer as provas compareceu ao local de exames.

A universidade alegou que deu aos candidatos o direito de fazer a prova, ainda que tardiamente. Informou também que aguarda investigação do MEC a respeito de eventuais erros no lançamento de notas do Enem para saber quem, de fato, tinha direito de fazer a segunda etapa. A UFMG espera receber uma resposta do MEC até 4 março, quando se encerra o período de matrícula. O Inep informou que ainda não tem uma definição sobre o assunto.