Título: Sarney repete promessas e corta hora extra
Autor: Vasconcelos, Adriana
Fonte: O Globo, 11/02/2011, O País, p. 9

Normas para garantir economia estão há dois anos no papel

BRASÍLIA. Ao empossar ontem a nova diretora-geral do Senado, Doris Marize Peixoto, o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), repetiu promessas de cortes e austeridade feitas há dois anos e que nunca saíram do papel. A única novidade anunciada ontem foi o corte do pagamento das horas extras para os diretores da Casa. A surpresa, porém, veio depois, quando a assessoria do Senado informou que a medida atingiria 188 funcionários do Senado, o mesmo número de diretores que foram descobertos em 2009.

Em janeiro, o "Correio Braziliense" informou que o antecessor da nova diretora-geral, Haroldo Tajra, assinara um ato autorizando o pagamento de horas extras para ele próprio, no fim de 2010. Segundo dados do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), em dezembro de 2010, o Senado desembolsou R$912 mil em horas extras, um aumento de 76% em relação ao valor pago em novembro.

- Todo funcionário que ocupar cargo de direção não tem direito a horas extras, para evitar que eles sejam os próprios árbitros das avaliações das horas que devam trabalhar - anunciou Sarney.