Título: PIB crescerá até 2% no trimestre
Autor: Nunes, Vicente
Fonte: Correio Braziliense, 29/07/2009, Economia, p. 13

Integrantes do governo já comemoram a recuperação da atividade econômica, impulsionada pelo varejo. Estimativa é que Produto Interno Bruto cresça 1% no ano

O governo está convencido de que o Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre cresceu entre 1,5% e 2% ante os primeiros três meses do ano. ¿Ainda não temos os números definitivos da indústria e do varejo de junho, mas todos os indicadores preliminares nos mostram que os resultados serão positivos e vão selar a retomada da atividade¿, disse um técnico da área econômica. ¿Daqui em diante, só teremos boas notícias para dar na economia. Por isso, já desmontamos a operação de guerra lançada no auge da crise mundial¿, acrescentou. ¿Finalmente, estamos respirando mais aliviados.¿

Segundo o mapa traçado pelo governo, o PIB repetirá crescimento próximo de 2% no terceiro trimestre do ano e algo entre 4% e 5% nos últimos três meses. Com isso, o PIB encerrará o ano com avanço entre 0,5% e 1%, contrariando a maior parte dos analistas do mercado. ¿Não haverá PIB negativo em 2009. Vivemos um breve período de recessão, mas os números estão mostrando que a recuperação é consistente e que a atividade avançará a pleno vapor a partir de outubro. Mais uma vez, os economistas vão errar em relação ao PIB¿, afirmou o técnico.

Serviços A surpresa, segundo ele, virá do setor de serviços, que responde pela maior parte do cálculo do PIB do lado da oferta. ¿O varejo está apresentando um desempenho excepcional. As vendas estão aumentando neste ano sobre uma base altíssima de 2008. E nem mesmo o fim da queda do Imposto sobre Produtos Industrializados reverterá as vendas de bens duráveis, pois o mercado de trabalho continuará positivo e a renda se manterá firme, graças, em parte, à queda da inflação¿, acrescentou um assessor do Ministério da Fazenda.

O governo refez, inclusive, as estimativas para a criação de vagas formais de emprego. Em vez de 500 mil, deverão ser abertos cerca de 1 milhão de postos ao longo do ano, fundamental para manter a confiança dos consumidores e sustentar o consumo.