Título: Brasil despenca em ranking de competitividade
Autor: Justus, Paulo ; D"Ercole, Ronaldo
Fonte: O Globo, 18/05/2011, Economia, p. 23

SÃO PAULO. O Brasil despencou seis posições no ranking do Índice de Competitividade Mundial 2011, apurado pelo International Institute for Management Development (IMD) em parceria com a Fundação Dom Cabral (FDC). A redução na produtividade e na eficiência empresarial e o aumento do custo de vida foram os principais responsáveis pela queda do país do 38º para o 44º lugar na lista de 59 países avaliados no estudo.

Com o resultado, o Brasil rompe um histórico de crescimento que começou em 2007. No ano passado, o país havia subido duas posições. No estudo, que aponta Hong Kong e Estados Unidos com índice máximo de 100, o Brasil aparece com 61,043 pontos, abaixo de Peru (62,651) e México (64,025).

Para o professor da FDC Carlos Arruda, responsável pela captação e pela avaliação dos dados brasileiros, a perda de 12 posições no quesito "preços" e de 21 no fator "produtividade e eficiência" são sinais de alerta para a economia nacional.

- A continuidade do crescimento do país vai depender do comportamento da economia brasileira frente aos desafios do câmbio, do crédito, dos ativos e da produção - avalia Arruda.

Banco Mundial prevê "boom" dos emergentes

O crescimento dos países emergentes é tão superior ao das nações ricas que o panorama econômico global será totalmente alterado dentro de 15 anos, afirmou o Banco Mundial em um estudo divulgado ontem.

Segundo o organismo, as seis maiores economias emergentes (Brasil, China, Índia, Indonésia, Coreia do Sul e Rússia) vão responder por mais da metade do crescimento global em 2025. Isso vai fazer com que o sistema financeiro internacional não seja mais dominado por uma única moeda, na previsão de pesquisadores. O yuan se uniria ao dólar e ao euro. As economias emergentes devem crescer 4,7% ao ano entre 2011 e 2025, contra 2,3% dos países ricos.