Título: FMI: para Brasil, mexicano não está descartado
Autor: Oliveira, Eliane
Fonte: O Globo, 10/06/2011, Economia, p. 33

Fontes do governo consideram chances de vitória de Carstens

Brasília. O presidente do Banco Central do México, Agustín Carstens, não é carta fora do . baralho na polarizada disputa com a ministra de Finanças da França, Christine Lagarde, pelo cargo de diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional JFMI). O governo brasileiro observa a movimentação internacional para, encerrado hoje o

. prazo de inscrição de candidaturas, fazer as contas e ver se há apoio suficiente para que os, Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) embarquem na candidatura mexicana .

Referindo-se a Lagarde, um alto funcionário da área econômica do governo brasileiro comentou que, embora a ministra francesa seja mais forte do que Carstens e já tenha indicado que, se for preciso, assumirá um compromisso formal sobre reformas e democratização do organismo multilateral, há um problema de imagem do Brasil frente a outras nações em desenvolvimento.

Segundo a fonte, "não é fácil dizer "sim" a um país rico quando se tem o representante de um país em, desenvolvimento com alguma chance de ganhar".

Diante da complexidade da situação, os ministérios da Fazenda e das Relações Exteriores decidiram agir com cautela, devido à possibilidade de surgi.,mento de novas candidaturas, como a do presidente do Banco Nacional do Cazaquistão, Grigori Marchenko, na disputa .

O caminho considerado mais razoável pelo governo é adotar uma posição conjunta com os Brics. Por isso, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, mantém contatos por telefone .com seus colegas do bloco. São conversas preparatórias, pois só depois de fechado o quadro é que os técnic0f. farão as contas.