Título: Em Campinas, suspeitos de fraudes doaram ao prefeito
Autor:
Fonte: O Globo, 12/06/2011, O País, p. 4

Todos os que tiveram a prisão decretada contribuíram com R$70 mil para campanha

CAMPINAS. As sete pessoas que tiveram prisão preventiva decretada na última sexta-feira, em Campinas (SP), por formação de quadrilha, corrupção passiva e fraudes em licitações foram doadores da campanha do prefeito da cidade, Hélio de Oliveira Santos, o Dr. Hélio (PDT), na disputa pela reeleição em 2008. Dr. Hélio enfrenta um processo de impeachment após ver o alto escalão de seu governo envolvido nas supostas fraudes, incluindo sua mulher e ex-chefe de gabinete, Rosely Nassim Jorge Santos, que teve prisão decretada e até a noite de sexta-feira estava foragida.

Na defesa apresentada à Câmara Municipal, o prefeito alegou não saber do esquema. As doações fortalecem uma das linhas de investigação do Ministério Público, que suspeita que parte do dinheiro desviado em contratos públicos em Campinas (SP) foi parar em campanhas políticas.

Tiveram prisão decretada e aparecem como doadores do prefeito, a primeira-dama Rosely Nassim Jorge Santos, o vice-prefeito Demétrio Vilagra (PT), Francisco de Lagos (ex-secretário de Comunicação), Carlos Henrique Pinto (ex-secretário de Segurança), o ex-diretor da Sanasa (empresa de saneamento da cidade) Aurélio Cance Júnior, o ex-diretor de Planejamento da prefeitura Ricardo Cândia e o ex-diretor comercial da Sanasa Marcelo de Figueiredo.

No caso de Cândia, quem aparece como doador é a mulher dele, Fabiana. As doações somam quase R$70 mil. Até sexta-feira à noite, apenas Henrique Pinto e Figueiredo haviam sido presos. Os demais eram considerados foragidos.